
Mais uma vez a escola Iquezinha, que fica localizada na Cooperfrutos – região rural de Vilhena – está sob risco de fechar as portas. A baixa procura dos pais em matricular seus filhos na instituição – parte disso se deve à falta de estrutura do local, que não possui área coberta, parque de diversões, ares-condicionados nas salas de aula, cujas divisórias são feitas de tábuas – é o principal argumento utilizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) para fechar as portas da instituição de ensino.
Na noite desta segunda-feira, 3, os pais de alunos solicitaram a presença dos vereadores Samir Ali (PSDB) e Carlos Suchi (Podemos) além de representantes da SEMED para chegarem a um consenso em relação ao problema. Os pais de alunos e também servidores do local são contra o fechamento da escola, que atualmente atende 34 alunos.
Os vereadores se dispuseram a conversar com a SEMED para que pelo menos R$ 100 mil dos R$ 2.2 milhões que a câmara de vereadores repassou ao executivo – desse total, R$ 600 mil foram destinados à SEMED – seja destinado à escola Iquezinha para estruturação da escola, de modo que possa haver área coberta para atividades com alunos fora das salas de aula, além de compra de ares-condicionados e estruturação adequada da instituição.
Em conversa com a Gazeta Amazônica, o vereador Carlos Suchi explicou que a escola irá funcionar, a partir de agora, somente no período vespertino. “Os pais acabaram aceitando mesmo querendo que o horário fosse pela manhã, mas todos estão em busca do mesmo objetivo, que é manter a escola aberta”, comentou.
O vereador Samir Ali relatou que o objetivo é garantir à comunidade uma boa estrutura física que possa atrair os pais e consequentemente aumentar o número de alunos. “Há pais que matricularam seus filhos em escolas na área urbana do município. A ideia é fazer com que essas crianças permaneçam na escola da comunidade”, explicou.
Escola fechada é prejuízo para chacareiros
Uma das maiores preocupações dos moradores do Cooperfrutos é o fechamento da escola. Isso porque os produtores estão há anos tentando regularizar seus lotes e uma das exigências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) é de que a comunidade tenha à disposição uma escola para atender as crianças. Caso contrário, a regularização passa a ser mais complicada.
