
A prefeitura de Vilhena, através de nota encaminhada à imprensa para contra-argumentar o relatório do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), o qual apontou diversas irregularidades no funcionamento e manutenção das barreiras sanitárias, tentou mostrar a eficiência destes postos de atendimentos criados com a finalidade de contribuir com as ações de combate à pandemia do coronavírus.
De acordo com o prefeito Eduardo Japonês (PV) as barreiras atenderam quase 70 mil pessoas desde suas criações até o dia 26 de maio (segundo o relatório encaminhado pela prefeitura) e três pessoas com coronavírus foram detectadas nestes pontos de atendimento.
Já o secretário de saúde, Afonso Emerick, relatou em nota que “a barreira é útil para a inspeção de saúde, não é um consultório, nem hospital”, afirmou. O secretário pontuou alguns pontos falhos detectados pelo TCE-RO e disse, dentre outras coisas que o Município está com dificuldades de comprar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e equipamentos de combate à covid-19.
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“A cidade, o Estado e até mesmo o país passam por um momento muito difícil para aquisição de equipamentos e itens de combate à covid-19. Mesmo assim, o controle de entrada de pessoas de outras cidades é vital para que a doença não se espalhe. Oferecemos máscaras, faceshields (protetores faciais) e evitamos que os profissionais tenham contato com os viajantes. Por meio do termômetro infravermelho, a temperatura é medida com o mínimo de contato possível”, garantiu o secretário.
Uso de EPI pelos profissionais na barreira
Através da nota, a prefeitura explicou que a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está com escassez de máscaras modelo N95, mas que segue a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária através de sua nota técnica 04/2020 “que esclarece que o uso de máscaras N95, FFP2 ou equivalentes deve ocorrer somente na realização de procedimentos que gerem aerossóis. Como exemplo, é possível citar casos de intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias”, diz nota.
A prefeitura disse, ainda, os profissionais lotados na barreira usam os faceshield (protetor facial).
Não explicou

A nota da prefeitura sobre os apontamentos feitos pelo TCE-RO não explicou, no entanto, alguns pontos que foram comprovados pelos técnicos da corte de contas. Ficou sem resposta, por exemplo, o motivo pelo qual as barreiras não funcionam em tempo integral. Outra falha importante destacada pelo TCE-RO é a falta um fluxograma, ou seja: um rito de atendimento padronizado, de modo que os profissionais tenham mais segurança para atender casos positivos.
A barreira da BR-364 fica diariamente 13 horas e 30 minutos sem funcionamento, e a barreira da rodoviária, deixa de atender dois ônibus que fazem paradas no momento em que fica fechada. A barreira da rodoviária permanece aberta até a meia noite.
Ainda em tempo, a Gazeta Amazônica deixa espaço para que a prefeitura, caso tenha interesse e queira comentar sobre o assunto, se manifeste acerca das falhas que o TCE apontou.
